Mulher moderna BR debate sobre Aborto
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Cartilha e medicamento abortivo: os riscos do “teleaborto” na pandemia .  Empty Cartilha e medicamento abortivo: os riscos do “teleaborto” na pandemia .

Sex maio 27, 2022 4:28 pm
O material contraria as normas do Ministério da Saúde, que prevê que o aborto - nos casos das escusas absolutórias - só pode ser feito após exame físico, ultrassonografia e internação da mulher. Todos esses procedimentos, segundo a publicação, poderiam ser substituídos por uma teleconsulta para o "teleaborto".

Além disso, a cartilha também não está de acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece que o uso do misoprostol só pode ser feito em ambiente hospitalar. Por tantas irregularidades, o manual é alvo de uma ação do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU).

Riscos nem sempre são esclarecidos
Diante dos riscos do "teleaborto", a médica Marilene Mello de Oliveira Macul, especialista em ginecologia e obstetrícia, explica que o misoprostol é uma prostaglandina sintética e que, ao usar a substância, a mulher pode apresentar hemorragia, dores abdominal e pélvica severas, diarreia, náuseas e vômitos, calafrios, febre, dor de cabeça, constipação, flatulência, fadiga e danos irreversíveis ao útero, quando tomado em doses excessivas.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/teleaborto-riscos-medicamento-abortivo-misoprostol-pandemia/
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A febre e calafrios podem persistir por mais de 24 horas após o uso do misoprostol, e isso sugere a presença de infecção intrauterina. No caso de a gestante apresentar cicatriz uterina de cesárea anterior, o misoprostol também pode levar à ruptura da parede uterina.

Para a médica, tentar esconder os reais efeitos do misoprostol pode ter consequências sérias. Ela ressalta que a comercialização da substância em farmácias no Brasil é proibida e que apenas hospitais podem ter acesso a ela. “Tudo isso porque o seu uso deve ser em ambiente hospitalar, sob orientação médica, em doses adequadas para situações como aborto retido ou indução do trabalho de parto, e respeitando-se a dose adequada, as contraindicações, o tempo de uso e, sobretudo, fazendo o monitoramento da paciente. Não há qualquer segurança em usar o misoprostol em domicílio”, diz a médica.

Ela alerta ainda para os casos em que o aborto não se concretiza, mesmo após o uso do medicamento. Nessas situações, descreve Marilene, há risco de o bebê nascer com alterações congênitas, tais como Síndrome de Moebius, surdez, disfonia, disfagia, atrofia da língua, entre outros problemas.

“O objetivo da introdução do misoprostol na vagina da mulher é provocar contrações dolorosas e hemorragia para expulsão do feto e da placenta, o que às vezes se dá de forma parcial ou incompleta, gerando infecções”, ressalta a médica ginecologista Luciana Lopes, que é mestre em Saúde Pública. Ela lembra que estudos científicos já evidenciaram que a indução clínica do aborto provocada com misoprostol pode se complicar e levar a infecções graves e fatais.
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Os efeitos e possíveis complicações resultantes do uso do medicamento abortivo, ressalta Luciana, exigem acompanhamento médico. A mulher que utiliza esses medicamentos em casa, sem observação de equipe técnica de saúde, dificilmente saberá avaliar todos os sinais e sintomas iniciais de uma infecção, por exemplo. E esse tipo de complicação exige atendimento médico imediato para não se agravar e levar a outros problemas, como hemorragias, ruptura uterina, trombose, infarto, convulsões, distúrbios hepáticos, choque séptico ou hipovolêmico.

Segundo Luciana, é importante também avaliar as diversas contraindicações do uso do abortivo. Na bula oficial do misoprostol, é possível encontrar diversas contraindicações, como cicatriz uterina; cesárea anterior; doença vascular cerebral; doença coronariana; ingestão prévia, num período de 4 horas, de anti-inflamatórios não esteróides; e hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Entretanto, ressalta a médica, a instituição que reúne os mais renomados ginecologistas e obstetras do mundo, o American College of Obstetricians and Gynecologists, define outras contraindicações ao aborto clínico com o uso da droga: uso de DIU; anemia grave; coagulopatia ou uso de anticoagulante; doença hepática ativa; doença cardiovascular; transtorno convulsivo não controlado; e mulheres em terapia com glicocorticoides. Todos esses casos contraindicam o uso do misoprostol.

“Todas essas informações evidenciam que o misoprostol é um remédio perigoso, com muitos riscos. Não é razoável banalizar efeitos colaterais adversos que podem levar a mulher à morte súbita”, adverte Luciana.
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Diante da gravidade dos efeitos e riscos à saúde da mulher, Luciana compara o uso do misoprostol a um ato de violência. Para ela, é preciso questionar se essa é a melhor opção para a vida da mulher. “A mulher que se ama, se cuida, dá valor à própria vida, aceita subjugar-se a uma violência de tamanha gravidade? E aqueles que a amam, a valorizam, a respeitam, podem pensar em incentivar tamanha violência? Qual o nosso papel ético? A defesa e o apoio incondicional da vida humana, tanto de bebês inocentes como das mulheres grávidas sem planejamento”, salienta a médica e mestre em Saúde Pública.
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